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Na crise, brasileiro come mais biscoito recheado
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Na crise, brasileiro come mais biscoito recheado
Segundo a Abimapi, o mercado de biscoitos cresce em torno de 5% neste ano. Em contrapartida, alguns fabricantes mais que dobraram as vendas da linha de recheados
por Valor Econômico
10/08/2015

Em períodos de estresse, é comum buscar algum mecanismo de compensação para trazer de volta a sensação de bem-estar. No Brasil, em meio às notícias de aumento do desemprego, retração da renda e da inflação alta, consumidores têm recorrido a algumas categorias de produtos para compensar o estresse. Uma delas é a de biscoitos recheados. De acordo com a Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pão & Bolo Industrializados), enquanto o mercado de biscoitos como um todo cresce em torno de 5% neste ano, os recheados e cookies, consideradas produtos indulgentes, crescem acima desse índice. "O biscoito oferece prazer ao consumidor. Na crise as pessoas se dão a chance de saborear algo diferente", disse Claudio Zanão, presidente da Abimapi.

Fabricantes como Pepsico, Mondelez International e Arcor já reforçaram suas linhas de biscoitos recheados e 'cookies', tendo em vista a demanda mais aquecida por esses produtos. A Pepsico ampliou sua oferta de biscoitos neste mês, com a venda de biscoitos recheados que levam a marca Toddy. A empresa começou a oferecer biscoitos com a marca em 2012, aproveitando a aceitação da marca entre consumidores jovens. "É uma marca com apelo jovem e com foco na indulgência, com muito chocolate na formulação, o que atrai consumidores", disse Marcela Mariano, diretora demarketing da Pepsico para biscoitos e snacks.

Citando dados da Nielsen, a companhia informou que a linha de biscoitos Toddy teve crescimento em vendas de 195% no ano passado, impulsionado por cookies e biscoitos wafer. Marcela disse que o mercado de biscoitos recheados, embora esteja amadurecido, ainda oferece oportunidades de crescimento. "E, no momento de crise, os consumidores optam por marcas tradicionais. Este é um bom momento para fortalecer as marcas principais da companhia", disse. Sem citar números, a executiva afirmou que espera um crescimento forte nas vendas de biscoitos neste ano, sobretudo com a ampliação das linhas de produtos.

De acordo com o ranking da revista Supermercado Moderno, as marcas de biscoito recheado mais citadas por supermercadistas em 2014 eram Passatempo (Nestlé), Gulosos (Bauducco), Trakinas (Mondelez), Aymoré (Arcor) e Bono (Nestlé). As empresas mais lembradas são Nestlé, citada por 32% dos supermercadistas, Bauducco (16%), Mondelez (12%), M. Dias Branco (10%) e Arcor (7%).

A Mondelez International (dona das marcas Club Social, Trakinas, Oreo e Belvita) informou que cresce e ganha participação de mercado em biscoitos com as linhas Bel Vita e Oreo. De acordo com dados da Nielsen, as vendas de biscoitos cresceram 8% em valor de janeiro a maio, puxado por biscoitos recheados e integrais, que têm crescimentos de dois dígitos. O preço médio dos biscoitos subiu 8% neste ano até maio. "Outra tendência é que os consumidores têm saído menos de casa e buscado fazer mais compras em mercados de bairro ou no atacarejo. Para atender esse público, a Mondelez reforçou a oferta de embalagens maiores nesses pontos de venda", afirmou Cyro Gazola, gerente geral da Mondelez International no Brasil.

Aurélia Vicente, diretora de contas da Kantar Worldpanel, observou que o segmento de biscoitos recheados e doces apresentava queda, mas começou a se recuperar recentemente, com o avanço das linhas de cookies e de embalagens maiores, voltadas para consumo no lar. "Os fabricantes que estenderam suas linhas com opções de biscoitos integrais ou com alguma característica mais saudável também apresentaram resultados melhores recentemente", afirmou Aurélia. De acordo com a Kantar Worldpanel, o mercado total de biscoitos cresceu 4% em volume no ano passado, para 1 milhão de toneladas, e 15% em faturamento, para R$ 20 bilhões. A previsão para este ano é de um crescimento nessa mesma proporção.

Anderson Freire, gerente de marketing de biscoitos da Arcor, observou que as linhas mais saudáveis, embora tenham crescido 215% em volume de vendas de 2012 a 2014, ainda representam 2,2% do mercado total de biscoitos. O segmento de cookies cresceu 88% nesse mesmo intervalo, passando a representar 1,5% do setor. "Os recheados crescem menos, mas representam 24% do mercado. Então os incrementos nessas linhas têm expressão no resultado total do setor", disse Freire. O executivo disse que a marca Aymoré faturou acima de R$ 200 milhões no ano passado e, neste ano, cresce em torno de 10% em faturamento. Além da Aymoré, a Arcor também é dona das marcasTriunfo, BreakUP e Danix.

 
 
 
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