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Rede de Padarias Monza, o modelo de expansão que abriu novos caminhos na panificação
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Rede de Padarias Monza, o modelo de expansão que abriu novos caminhos na panificação
“Não havia ainda no Brasil uma Central de Produção onde tudo acontecia, para criar o nosso projeto, algo totalmente novo, foram muitos projetos, viagens pelo país e trabalhos de tirar o sono”.
por Elisangela Santos
27/09/2019

    Uma gigante da panificação em Vitória, no Espírito Santo, que completou neste mês um total de 9 unidades e que não para de crescer em sua região. Atualmente, a Rede de Padarias Monza encontra-se no ranking das maiores marcas da panificação de todo Brasil. Com um perfil corajoso e desafiador, a Rede compreendeu o grande segredo de sobrevivência no Setor: “Quando se está no mercado não se tem muita opção, ou você cresce ou você pode sumir, essa é a realidade”, afirma Meire Erthal.

    Esposa do fundador da marca, Domingos Sávio Erthal, Meire conta em entrevista importantes detalhes da expansão de mercado e também da luta diária que conduziu a Monza ao atual patamar de excelência. Com inicio em 1984, quando o Sr. Domingos adquiriu juntamente com um irmão a padaria da Ilha de Santa Maria, o negócio começou com apenas 8 funcionários e em um pequeno espaço. Em menos de um ano, tendo a sociedade rompida, o empresário optou por dar continuidade no Setor, uma decisão que anunciava um árduo trabalho pela frente.

   Expansão a partir da primeira loja: o desafio de perpetuar um nome no mercado

    Em 1992, foi adquirida a segunda unidade, localizada no bairro República. De acordo com Meire, esse foi um grande passo para a estruturação da marca: “Nessa época, em Vitória, tinha um pessoal que vendia maquinário de padaria, eles montavam lojas para vender e colocavam nomes de carro, por isso o nome Monza, pois foi deles que adquirimos a nossa loja que deu início ao processo de expansão. Eram os anos 1990, e este era o carro da moda. Quando o Domingos foi conhecer, a loja tinha apenas 15 dias de montada, e ele se apaixonou, fechando a compra. Até então bancária, Meire decidiu fazer a transição de ramo para a panificação e somou forças para levar à frente o empreendimento: “Sempre gostei de trabalhar com comida, então cai na padaria e não saí mais, eu amo!", afirma.

    Hoje, totalizando com a última abertura cerca de 340 funcionários, distribuídos em nove lojas responsáveis por geração de emprego e renda em toda região, a marca tornou-se referência em um modelo saudável de expansão. “Passei uns três anos trabalhando no atendimento ao cliente e com a exposição de produtos, enquanto o Domingos abria e fechava loja, e isso começando cedo, às 5:20 da manhã todos os dias”, declara Meire. Hoje, quase 36 anos depois, ela segue atuando no RH de toda a Rede, enquanto o esposo segue na gestão do financeiro.

   Com a chegada dos filhos no negócio, a gestão familiar ganhou força e, hoje, encontra-se estruturada para a administração de todas as unidades. “O Felipe cuida da central de produção, Leonardo da operação de loja, e a Flávia segue na integração para a operação; hoje são muitas unidades e há uma demanda muito grande de serviço.”

    O desafio de uma loja operante dentro de um Shopping Center: diversidade de público e um movimento muito intenso

    Shopping Praia da Costa e Shopping Vitória: as mais recentes aberturas da Monza são o fruto do desafio de marcar presença em um ambiente ainda novo para as empresas de panificação. Seria preciso alterar o mix? E qual o perfil de clientes? Estas e outras perguntas foram temas desbravados pela marca que encontrou a melhor forma de atuação para a operação em um centro de compras: “É bem diferente estar em um Shopping, e nós abrimos com preocupação. Padaria em Shopping em Vitória e em todo o país ainda é uma coisa novíssima. Recebemos o convite, e o local é estratégico. Ficamos entusiasmados e aceitamos o desafio”.

    “Hoje a loja é um sucesso, e bomba o tempo todo. No Shopping há um trânsito de pessoas no decorrer do dia, e a gente não conhece os clientes, salvo os que trabalham dentro do local. O movimento é intenso o tempo inteiro e não fizemos diferença nem no mix, nem no atendimento. Implantamos tudo com a nossa cara, e agora estamos aí com o Márcio Rodrigues de novo. Concluímos que o nosso mix de produtos estava muito grande, e decidimos otimizar juntamente com ele”.

   De acordo com Meire, ela e Domingos conheceram Márcio através do sindicato da Panificação, em 1999, com o Propan sendo lançado em diversos pontos do Brasil. Em Vitória, a Monza fez parte da primeira turma, conforme conta a empresária: “Quando o Márcio apresentou o projeto no sindicato, o Domingos estava lá, e nós ficamos muito entusiasmados. Foi um sucesso e, até hoje, o Márcio tem um carinho muito grande por essa turma, assim como todo mundo é muito ligado a ele”, relata Meire.

   Para eles, participar do Sindicato é algo muito positivo e abre muitas portas. “Aconselho todo mundo a participar, porque é nele que sabemos das novidades e foi onde conhecemos o Propan. Em Vitória somos todos muito unidos. O Márcio é tão entendido de padaria, e o que ele nos proporcionou, além do conhecimento que passa, é que ficamos mais corajosos. Hoje estamos mais seguros para abrir nossas lojas”, declara Meire.

   Central de Produção Monza: um polo de excelência que é fruto de estudos, viagens e muito trabalho

   Com a chegada dos filhos no negócio, o casal teve a certeza da necessidade da expansão: “Eles optaram por trabalhar na empresa, e identificamos que precisávamos fazer a proposta de um negócio longevo. O caminho hoje é crescer, e essa foi a opção que nós escolhemos. Sempre estivemos junto com o Márcio, e quando concluímos que tínhamos que crescer, vimos que precisávamos de uma central de produção. E para essa central, também precisaríamos de mais pontos de vendas”.

   Dois anos de pesquisa, planejamento e confecção do projeto. Para criar uma Central de Produção ideal partindo de algo totalmente novo, a Monza precisou mergulhar no Setor e buscar inspiração nos quatro cantos do país. “Foram muitas as visitas que fizemos. O Propan juntamente com o Domingos esboçou o projeto, e Márcio proporcionou muitas visitas técnicas para a gente, onde fomos captando ideias de cada lugar para formar a nossa”.

    “Ainda não havia no Brasil uma Central onde tudo acontecia. Conhecemos então centrais de produção específicas de pães, outras de salgados e assim por diante. Foram verdadeiras viagens dentro da fábrica para finalmente criar o nosso projeto para atender às nossas necessidades. A execução ficou quase 100% perfeita, e se não ficou não foi por causa de pensamento, e sim de espaço”, afirma Meire.

   De acordo com ela, crescer era necessário em um mercado onde a mão-de-obra especializada de padeiro e confeiteiro tornou-se escassa. “Queríamos também solucionar a questão dos custos e a padronização. Foi uma luta de perder o sono, porque chegar no padrão de congelamento de pão não é fácil. Mas hoje esse é um presente para nós, uma verdadeira benção!”.

  Embora haja a Central, os gestores da marca optaram por deixar todas as lojas montadas com os equipamentos necessários para o forneamento e demais processos. “Fazemos com amor, e eu percebo que há uma diferença. As pessoas falam, amam, elogiam, e identificamos que produto bom não vende sem um bom atendimento, da mesma forma que ter bons atendentes ainda não resolverá nada sem ótimos produtos. É um casamento”, define Meire.

    Para ela, a maior gratificação de trabalhar com panificação é lidar com pessoas: “É esse amor que eu tenho, ele é espontâneo, não me cansa. Isso se reflete no atendimento, as meninas trabalham com alegria, com sentimento. E os clientes vêm me perguntar onde encontro os funcionários, porque eles são demais, capazes de atrair até mesmo aqueles clientes que já têm padarias mais perto de casa. Algo que meu pai me ensinou é que temos como colaboradores pessoas que acordam cedo, trabalham oito horas por dia e que o mínimo que podemos fazer será sempre tratá-los com respeito. É maravilhoso para mim chegar nas lojas e ser recebida com um: “Dona Meire, batemos a meta!”.

    “Hoje valorizo tudo que acontece, e tenho muita gratidão a Deus, sei que há a mão dele em tudo. Sei que muitos colegas ainda não conseguiram, e sempre acho que vai chegar o momento em que vou trabalhar menos, mas sempre continuamos trabalhando mais e mais, e isso me motiva. Hoje trabalhamos mais tranquilos, mostramos nosso trabalho, construímos uma longa história e isso já é colher frutos. A panificação é isso, é o que amamos, é o que sabemos e o que faremos sempre com o mesmo amor e empenho".

 

 

 

 

 
 
 
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